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SOCIAL PHOBIA: CLINICAL FEATURES AND TREATMENT INTRODUÇÃO
O termo fobia deriva da palavra grega phobos, que significa terror e medo
extremo. O deus Phobos tinha como característica principal causar medo em seus inimigos e, assim, ajudar seu pai, Ares, o deus da guerra. Hi- RESUMO: É apresentada uma revisão bibliográfica
pócrates, segundo a descrição de Burton em seu Anatomy of melancholy, foi o sobre fobia social, ilustrada com o relato de um primeiro a referir-se à ansiedade social, porém o termo fobia só foi utilizado nos caso clínico. É fundamental o tratamento adequado textos médicos do século XIX, recebendo então o conceito de medo extremo, desse transtorno de ansiedade, a fim de melhorar a qualidade de vida dos pacientes portadores de que se manifesta fora de qualquer proporção ao estímulo desencadeador e que não pode ser explicado, resultando sempre na esquiva ao objeto temido.1 ABSTRACT: We present a review about social
A fobia social é a intensa ansiedade gerada quando o paciente é submetido phobia, illustrated with a clinical case. It is à avaliação de outras pessoas. Essa ansiedade, ainda que generalizada, não se essential an adequate treatment of this anxiety disorder, in order to improve the quality of life of estende a todas as funções que uma pessoa possa desempenhar, porém há um período de medo intenso ou incômodo, acompanhado por uma gama de sinto- PALAVRAS-CHAVES: Fobia social; Diagnóstico;
mas físicos e/ou psicológicos. Subseqüentemente, a ansiedade antecipatória e o Tratamento; Transtornos de ansiedade.
comportamento de evitação se desenvolvem com freqüência.2 KEYWORDS: Social phobia; Diagnosis; Treatment;
As complicações socioeconômicas e familiares decorrentes induzem a gas- tos excessivos, por parte dos pacientes, com médicos e exames complementares, muitas vezes dispensáveis. Afastamento do trabalho, absenteísmo, impossibi- Daniele Guedes Silveira – Médica psiquiatra, lidade de aceitar promoções (por medo de assumir maiores responsabilidades) Especialista em Psiquiatria pelo IPUB/UFRJ.
Alexandre Martins Valença – Doutor em e até pedidos de demissão são situações corriqueiras na vida desses pacientes, sobretudo se o paciente não é diagnosticado precocemente. Somando-se a esses adjunto de Psiquiatria e Saúde Mental da fatos há uma deterioração econômica progressiva. Socialmente, a sucessiva re- de Medicina de Vassouras, RJ, Coordenador cusa a convites recebidos gera afastamento e perda dos contatos sociais.1 A fobia social pode ser tratada por meio de medidas psicoterápicas e farma- Coordenador do Curso de Especialização cológicas, sendo o ideal a combinação de ambas. Em particular, cita-se a terapia assistente e pesquisador do Laboratório de cognitiva comportamental, com efetividade bem documentada no tratamento Pânico & Respiração do IPUB/UFRJ.
20 VOL 99 Nº02; ABR/MAI/JUN 2005 — ARQUIVOS BRASILEIROS DE PSIQUIATRIA, NEUROLOGIA E MEDICINA LEGAL A R Q U I V O S B R A S I L E I R O S D E P S I Q U I AT R I A , N E U R O L O G I A E M E D I C I N A L E G A L — V O L 9 9 N º 0 2 ; A B R / M A I / J U N 2 0 0 5 21 Diagnóstico diferencial com outros
transtornos mentais
• Transtorno de ansiedade generalizada “peregrinações” a consultas médicas, situações sociais), que totaliza 80-90% críticas desferidas não só pela família álcool, origem familiar e curso crônico –, e não generalizada (restrita a uma ou duas situações), que, em geral, é ligada São sintomas essenciais: alteração do interesse pelas coisas, queda de energia e/ou desânimo, anedonia, lentificação EPIDEMIOLOGIA
QUADRO 1 - CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA FOBIA SOCIAL SEGUNDO O CID-105 E O DSM-IV2
Já em amostras clínicas a fobia social CID – 10
QUADRO CLÍNICO
porcionais à situação temida (medo de tras pessoas, utilizar mictórios públi- máticos agudos, tais como palpitações, exposição à situação temida. Mais co- 22 VOL 99 Nº02; ABR/MAI/JUN 2005 — ARQUIVOS BRASILEIROS DE PSIQUIATRIA, NEUROLOGIA E MEDICINA LEGAL A R Q U I V O S B R A S I L E I R O S D E P S I Q U I AT R I A , N E U R O L O G I A E M E D I C I N A L E G A L — V O L 9 9 N º 0 2 ; A B R / M A I / J U N 2 0 0 5 23 • Transtorno de despersonalização fóbicos o alcoolismo era primário, sendo que 52% tinham usado álcool para enfren- TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
a) Inibidores seletivos da recaptação
de serotonina (ISRS)
na12 e o citalopram13 podem ser bastante observação clínica. A eficácia da pa- d) Benzodiazepínicos
• Transtorno de personalidade esquizóide Porém há críticas devido ao potencial para abuso e dependência e à possível excêntricos, isolados ou solitários.
• Transtornos de personalidade de e) Venlafaxina
et al. 1999, apud Nardi, 20001) observou sensibilidade à rejeição, que pode levá- doses flexíveis de venlafaxina, variando critérios diagnósticos sobrepostos com utilizadas são as seguintes: fluoxetina foi favorável, com significativa diferen- ça estatística nas escalas utilizadas. Os CURSO E COMORBIDADE
Segundo estudos epidemiológicos b) Inibidores da monoaminoxidase f) -bloqueadores
te, de 41,4% a 45,2% dos indivíduos com da fobia social.17 O efeito terapêutico episódio depressivo diagnosticado.7,8 Ob- serva-se também a elevada freqüência de fobia social em pacientes dependentes de substâncias psicoativas, fato que reforça a estudos abertos e duplo-cegos.17,18,19 Por hipótese da automedicação nesta comor- outro lado há estudos recentes que não bidade, uma vez que ela tende a preceder o uso de drogas. No Brasil, Maciel e Gentil ricos de ansiedade, e não a experiência Filho9 notaram que 70% dos fóbicos sociais dro fóbico começara antes do alcoolismo, saios clínicos controlados com placebo, Marques da Silva,10 a interpretação do seqüelas irreversíveis, interações medi- camentosas e risco de pico hipertensivo. As doses preconizadas são as seguintes: autora, a maior parte dos pacientes não ingere substâncias etílicas nos finais de c) Antidepressivos tricíclicos
semana, para enfrentar situações gerado- ras de ansiedade. Lotufo-Neto e Gentil11 22 VOL 99 Nº02; ABR/MAI/JUN 2005 — ARQUIVOS BRASILEIROS DE PSIQUIATRIA, NEUROLOGIA E MEDICINA LEGAL A R Q U I V O S B R A S I L E I R O S D E P S I Q U I AT R I A , N E U R O L O G I A E M E D I C I N A L E G A L — V O L 9 9 N º 0 2 ; A B R / M A I / J U N 2 0 0 5 23 RELATO DE CASO
IDENTIFICAÇÃO: J., 50 anos, sexo masculi-
QUEIXA PRINCIPAL: “Tenho vergonha de
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Paciente rela-
HISTÓRIA FISIOLÓGICA: Paciente nasceu de
HISTÓRIA PESSOAL: Paciente apresentou
ração batia mais rápido”, mas, como antecipação ansiosa das situações de HISTÓRIA SOCIAL: Reside em casa própria,
a respeito da saúde da filha e participar HISTÓRIA FAMILIAR: Pai falecido devido a
mas ele recusou, até que começou a pre- quiátricas nos familiares próximos.
se recusava a fazer passeios, viajar nas férias, ir a restaurantes, com vergonha HÁBITOS: Nega uso de substâncias ilíci-
e na sua primeira entrevista relatou seu EXAME PSICOPATOLÓGICO: Paciente veio a
Súmula psicopatológica:
• CONSCIÊNCIA: vígil, paciente orientado
• MEMÓRIA: preservada.
• HUMOR: eutímico.
• PRAGMATISMO: hipopragmático.
servo que está inibido, comento o fato; • VONTADE: hipobúlico.
ele responde estar com “vergonha” por • AFETO: preservado.
• SENSOPERCEPÇÃO: sem alterações.
• LINGUAGEM: sem alterações.
• PENSAMENTO: curso sem alterações,
devido à melhora do padrão de vida.
páginas de uma revista para “relaxar” • JUÍZO CRÍTICO: preservado.
• PSICOMOTRICIDADE: sem alterações.
24 VOL 99 Nº02; ABR/MAI/JUN 2005 — ARQUIVOS BRASILEIROS DE PSIQUIATRIA, NEUROLOGIA E MEDICINA LEGAL A R Q U I V O S B R A S I L E I R O S D E P S I Q U I AT R I A , N E U R O L O G I A E M E D I C I N A L E G A L — V O L 9 9 N º 0 2 ; A B R / M A I / J U N 2 0 0 5 25 DISCUSSÃO
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evolução, o diagnóstico do caso foi de RB, Marshall RD, Fallon BA, Davies S, et al. 9. Maciel LMA, Gentil Filho V. Transtorno Imipramine in the treatment of social phobia. de pânico e alcoolismo – um estudo retrospec- J Clin Psychopharm 1998;18(2):132-5.
10. Marques da Silva CS. Fobia social: es- Ballenger JC. Alprazolam in the treatment of farmacológico da fobia social.1,27 Não tudo da comorbidade [tese de Doutorado]. Rio social phobia. J Clin Psychiatry 1988;49(1):17-9.
houve prescrição de tricíclicos porque and phobic anxiety – a clinical-demographic treatment of social phobia. J Clin Psychiatry comparison. Addiction 1994; 89(4):447-53. 12. Ameringen M, Mancini C, Streiner DL. Fluoxetine efficacy in social phobia. J Clin Neuropsychopharmacol 1996;6:111-112.
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Source: http://files.lups-unoeste.webnode.com.br/200000015-de8b7df861/fobia%20social.pdf

Tomada de preco medicamentos 05 2013

EDITAL DE TOMADA DE PREÇOS Nº 05/2013 CEZAR DE PELEGRIN, Prefeito Municipal de Cristal do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, no uso de suas atribuições legais e de conformidade com os dispositivos da Lei Federal 8.666/93 e suas alterações posteriores, TORNA PÚBLICO, para o conhecimento dos interessados que até às 10:00 (dez) horas, do dia 03 do mês de julho de 2013, na Prefeitura M

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I am but a story, unfinished, I go on as long as there are storytellers, but some parts are finished, some parts of greater tales need to be set down. But know this: any tale can be amended so take from this only that it is part of a greater story, one that can never be finished and so never be told in its entirety. In the hour of darkest need, when even the Unconquered Sun was made ineffective

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