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Os alimentos e os fármacos cumprem necessidades distintas na vida dos seres humanos. Enquanto os primeiros satisfazem as necessidades básicas dos indivíduos de forma a garantir a sua subsistência, contribuindo para a manutenção da saúde, os segundos são utilizados quando, por qualquer razão, é necessário forçar a “natureza” a corrigir uma situação anormal A interacção alimento – medicamento (IAM) é causa frequente do aparecimento de efeitos adversos imprevisíveis, sendo, por vezes um fenómeno descurado no dia a dia da prática clínica. Regra geral, não conduz à morte mas é responsável pelo aumento de morbilidade por modificação da resposta farmacológica. O interesse por este tipo de interacção surgiu por volta de 1963, aquando da manifestação de crises hipertensivas em doentes, provocadas pela interacção entre os inibidores da mono aminoxidase (IMAOS) e as aminas biógenicas Tiramina e Histamina, existentes em certos alimentos como os queijos, Pode-se, então formular a seguinte questão: De que forma os alimentos podem alterar os efeitos dos fármacos? Apesar da aparente complexidade desta questão, a resposta à mesma é bastante simples, podendo-se dizer que os alimentos interferem no comportamento dos fármacos no organismo por duas vias: por um lado alteram a suas propriedades farmcocinéticas (absorção, distribuição, metabolismo e excreção - ADME); por outro provocam modificações farmacodinâmicas. É de referir que tanto as modificações farmacocinéticas como farmacodinâmicas podem levar a uma alteração dos níveis plasmáticos ou sanguíneos do fármaco. Considerando que a maior percentagem de fármacos nas doenças crónicas são administrados por via oral, é importante considerar a absorção do fármaco a nível do sistema gastrointestinal e os factores que a condicionam.
A absorção varia não só com a presença de alimentos, mais concretamente com os constituintes dos mesmos. Aceita-se que efeitos destas interacções podem conduzir a uma redução, um aumento ou a um atraso da absorção, verificando-se causas fisiológicas como esvaziamento gástrico, a motilidade intestinal e as secreções gastrointestinais e outras, de natureza química, como a quelação e a adsorção que provocam modificações na fase de absorção dos fármacos. Um exemplo típico de atraso na absorção surge quando se administram concomitantemente os Anti Inflamatórios não-esteróides (Diclofenac e Cetoprofeno), os Antipiréticos e Analgésicos (Paracetamol) ou ainda Benzodiazepinas como (Diazepam, Citoprolam, Midazolam e Bromazepam). Tal como já foi referido, os constituintes dos alimentos também desempenham um papel nesta situação. É o caso das Tetraciclinas (Antibiótico), que não devem ser ingeridas com alimentos ricos em cálcio e ferro (leite, queijo e iogurtes). Existem também medicamentos em que, na presença de determinados alimentos, a sua absorção fica aumentada assim como a sua bio disponibilidade (modificações de pH, No sistema ADME a distribuição é a que menos contribui para o fenómeno IAM. Quanto à metabolização, esta é relativa à capacidade de certas enzimas hepáticas serem alteradas no seu funcionamento, em particular o citocromo P450, resultando numa inibição ou indução desta enzima. A metabolização é um fenómeno de extrema importância visto ter como objectivo converter as substâncias exógenas em compostos polares facilmente elimináveis por via renal. Neste sentido, factores intrínsecos (variação intra individual) e factores extrínsecos como a alimentação e a dieta vão ter particular efeito sobre o citocromo P450 e os seus diferentes isoenzimas. Um exemplo paradigmático das interacções a nível do metabolismo é o da interferência do sumo de toranja com vários fármacos. O sumo deste fruto inibe o funcionamento das enzimas hepáticas, conduzindo a um aumento das concentrações plasmáticas dos fármacos. Assim, não se devem tomar Anti-Histamínicos, Benzodiazepinas (Diazepam) e Fármacos Hipocolasterénicos (Lovastatina, Atorvastatina e Simvastatina).
No que respeita à eliminação dos fármacos, o processo é afectado quando se altera o pH da urina. È conhecido que os alimentos como a carne, queijos, manteiga, pão, entre outros são capazes de acidificar a urina mas, por outro lado, legumes e verduras são agentes alcalinizantes. Na maioria dos casos os fármacos são ácidos ou bases fracas, daí a influência de alguns alimentos na sua excreção. Para além das interacções farmacocinéticas referidas anteriormente, também as interacções farmacodinâmicas devem ser consideradas. Este tipo de interacções é menos frequente, dando-se como exemplo a influência do álcool que no SNC (Hipnóticos e Anti-Histamínicos) em que há uma potenciação, ou mais correctamente, um sinergismo do efeito. Por outro lado, o efeito pode ser antagónico: os Anticoagulantes (Varfarina) são antagonizados por alimentos ricos em vitamina K (aveia, trigo e fígado).
É importante ter a noção de que os medicamentos, por si só, também influenciam o estado nutricional do doente. Algumas vezes surgem anemia, diarreia, perda de peso, as quais são provocadas por IAM e não por uma situação clínica específica.
Se se tomarem cronicamente alguns fármacos, estes poderão fazer diminuir a quantidade de elementos essenciais, causando deficiências nutricionais. É o que acontece no uso abusivo de laxantes e anti-ácidos, cujo efeito se traduz numa menor absorção de glicose, proteínas, sódio e vitaminas.
Concluindo, as interacções poderão ser minimizadas se houver uma abordagem multidisciplinar em que todos têm um papel fundamental. Sem dúvida alguma que o doente tem o papel fulcral de dar conhecimento ao médico/farmacêutico de que medicamentos toma e quais os seus hábitos alimentares para que se possa individualizar a terapêutica, no sentido de se obter o efeito pretendido. O doente é um “agente” activo no seu tratamento, contribuindo para que a terapêutica seja eficaz (Farmacêutica, membro do Concelho Técnico-Científico da MYOS)

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